Regina Wesley é referência quando se fala em atividades para idosos na Barra da Tijuca. Há mais de 40 anos realizando projetos dedicados à essa população, ela comanda, desde 2002, o Projeto Terceira Idade da ABM, a maior associação de moradores do bairro.
Falar de assuntos que interessam à população de mais idade aqui na Barra é falar de Regina Wesley. Ela desenvolve um trabalho voluntário direcionado aos idosos na maior associação de moradores da Barra, e uma das maiores do Rio de Janeiro, a ABM - Associação Bosque Marapendi, que reúne mais de 20 condomínios.
Professora aposentada, Regina realiza projetos dedicados aos idosos, há mais de 40 anos. Sua história começa nos anos 70, quando morava em Brasília com o marido Carlos Wesley. Embora jovem, o casal coordenava as atividades dirigidas ao público de mais idade na igreja que frequentavam. “Organizávamos brincadeiras, oficinas de artesanato, jogos… Para motivar esses idosos a irem até esse espaço, conviver com outros da sua idade, para conversar, exercitar o cérebro… Melhor do que ficar em casa esquecidos pelos familiares”, explica Regina.
Quando vieram morar no Rio de Janeiro, implantaram o mesmo trabalho na igreja Metodista, em diversos bairros pela cidade. Até que vieram morar na Barra da Tijuca. Quando Regina conheceu as instalações da ABM ficou encantada e logo pensou em realizar ali o trabalho que é a sua paixão: cuidar das pessoas de mais idade promovendo lazer, dando atenção e carinho. A ABM ainda não desenvolvia nenhuma atividade específica direcionada a esse público.
Em 2002, ela iniciou o Projeto Terceira Idade na ABM, voltado a todos os moradores dos condomínios que fazem parte da associação, com o objetivo de promover a pessoa idosa, alegrando seu dia a dia e, com isto, resgatando sua autoestima. Facilitar o encontro das pessoas idosas, fazer com que eles criem ali laços de amizade ao se reunirem para participar das atividades também é um dos objetivos do grupo.
Até antes da pandemia, o projeto contava com passeios e excursões, idas ao teatro, jantares dançantes, almoços de confraternização, ginástica, entre outras atividades socioculturais e recreativas.
De lá pra cá, porém, muita coisa mudou. Principalmente na vida de Regina. Carlos, o marido, contraiu COVID e não resistiu. “Ele era meu braço direito, idealizador do projeto junto comigo”, conta ela, que chegou a ficar um tempo afastada das atividades. Mas, como ela mesmo diz: “O trabalho com a terceira idade é muito importante”, e hoje ela segue com as Tardes de Convivência. Toda quarta-feira, lá está ela na sede social da ABM, a partir das 14h, recebendo os participantes com mesas de jogos, artesanato e o lanche no final, com bolo, café, biscoitos, refrigerante etc.
Regina promete o retorno de algumas atividades em breve, principalmente os passeios e excursões. Para novembro, ela programa um bazar com os artesanatos que as idosas produzem nesses encontros. Se depender da ajuda das amigas, o retorno de mais atividades é certo.
Uma dessas “ajudantes” chama a atenção: Elisa Alonso, com 93 anos, super ativa e totalmente lúcida, arruma a mesa de lanches, recebe as pessoas que chegam e incentiva Regina a continuar. “Além de uma companheira, Elisa é um exemplo para as outras”, afirma Regina, que tem uma incrível dedicação e afeto ao lidar com idosos. Se alguém deixa de comparecer nas Tardes de Convivência, ela liga ou até vai na casa da pessoa saber se está tudo bem. “Terceira Idade precisa, além de atenção, de carinho”
Seu trabalho com os idosos não se resume à ABM. Regina está apresentando na Igreja Metodista, aqui na Barra, o seu projeto. Ela quer abrir mais um espaço para receber a população idosa “Assim que aprovarem, eu vou de casa em casa naquelas ruas saber se tem alguém da terceira idade e convidar para participar.” A sua vontade de trabalhar com idosos é realmente inspiradora.
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